Iniciativa promove formação técnica e profissional para jovens com idades entre 14 e 18 anos. Participantes atuam dentro do governo com carteira assinada, salário e benefícios
Mais 838 jovens entre 14 e 18 anos selecionados na segunda edição do Programa Jovem Candango foram convocados para atuar profissionalmente nos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). A contratação ocorreu na tarde desta segunda-feira (15) durante solenidade no Museu Nacional da República.
Com as novas admissões, o programa chega a 1,8 mil jovens beneficiados entre 2023 e 2024. No ano passado foram mais de 7 mil inscrições | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Os novos contratados trabalharão quatro horas por dia, durante o contraturno escolar, no apoio administrativo aos órgãos do GDF. Os jovens atuarão com Carteira de Trabalho assinada, bolsa de R$ 619,99 (meio salário mínimo), auxílio alimentação de R$ 220, vale-transporte de R$ 173, seguro de vida, 13° e férias. Além disso, participarão de um curso que complementa a formação profissional.
“Acreditamos que esses jovens precisam de uma oportunidade”, afirmou a governadora em exercício. “É isso que o Governo do Distrito Federal faz nesta tarde: gera oportunidade para que esses jovens cresçam e saiam dessa realidade, porque muitos deles estão em cadastro de vulnerabilidade. Sabemos que transformando a vida dessas crianças, podemos transformar a vida de milhares de famílias no DF”, completou Celina Leão.
ara o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, o programa se destaca tanto pelo aspecto social – de auxiliar jovens em vulnerabilidade a ganhar o primeiro emprego – quanto pela oportunidade de conhecerem de perto a máquina pública. “No programa eles terão uma vivência de como funciona o governo por dentro. É importante também porque eles ajudam nas atividades diárias dos órgãos do Distrito Federal. Além desses pontos, tem o fato de ser um projeto social que dá oportunidade a esses jovens aqui em Brasília”, acrescentou.
A estudante Kaylla Pereira dos Santos, 16 anos, estava bastante ansiosa para a contratação no programa. Ela se inscreveu inspirada na irmã mais velha que participou do projeto anos atrás. “Estou muito feliz, porque é meu primeiro trabalho. Minha expectativa é poder ajudar em casa e ter mais responsabilidade. Sei que posso ter um futuro brilhante”, comentou.
A mãe de Kaylla, a autônoma Maria Aparecida Pereira dos Santos, está muito animada com a convocação da menina. “Minha outra filha que está com 22 anos foi contemplada no Jovem Candango quanto tinha 14 anos. Foi muito importante para ela, porque depois disso ela sempre esteve empregada. Com a Kaylla vai ser melhor ainda, porque ela é tímida, então, além de ajudá-la profissionalmente, sei que vai abrir outros horizontes para ela”, analisou.
Também foi por incentivo da mãe, a assistente social Tatiana Vieira de Menezes, que a estudante Eloá Menezes, 16 anos, se inscreveu no Jovem Candango. Após um tempo de espera, ela foi selecionada. “Fiquei sabendo pela minha mãe, que me instruiu a me inscrever. Me interessei porque sempre tive vontade de ter meu salário, meu primeiro emprego”, contou.
Programa
Com as novas admissões, o programa chega a 1,8 mil jovens beneficiados entre 2023 e 2024. No ano passado foram mais de 7 mil inscrições. “Hoje encerramos o ciclo de contratação das vagas disponíveis. Mas nós queremos duplicar esse número e chegar até o final do ano com mais 3,6 mil jovens contratados. Porque a demanda existe. Nós ainda temos uma demanda de 5,2 mil jovens no aguardo de novas vagas”, defendeu o titular da pasta.
Criado por lei distrital e regulamentado por decreto, o Programa Jovem Candango visa formar os jovens por meio de atividades práticas e teóricas dentro da Administração Pública. O público-alvo do projeto são estudantes de 14 a 18 anos que estejam cursando o ensino fundamental ou médio na rede pública do Distrito Federal, ou em instituição particular na condição de bolsistas.
Desde o ano passado, o projeto ainda garante percentuais para órfãos do feminicídio, filhos e filhas de catadores de recicláveis e adolescentes em situação de rua. Também têm prioridade egressos do sistema socioeducativo, jovens acolhidos por medida protetiva, adolescentes com deficiência, remanescentes do programa Bombeiro Mirim, residentes da área rural há no mínimo 5 anos e participantes de projetos executados pelos Centros de Juventude.
Por Agência Brasília
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