Batizado de DF Libras CIL Online, programa lançado pelo GDF será utilizado pelos órgãos públicos para garantir o acesso pleno de pessoas com deficiência
O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou, nesta quarta-feira (6), o programa DF Libras CIL Online durante solenidade no Salão Nobre, do Palácio do Buriti. A iniciativa permite que pessoas com deficiência (PcDs) se comuniquem com os órgãos públicos de forma acessível e digital, em tempo integral e em todos os dias da semana.
A iniciativa permite que pessoas com deficiência (PcDs) se comuniquem com os órgãos públicos de forma acessível e digital, em tempo integral e em todos os dias da semana | Foto: George Gianni/ VGDF
Por meio de uma plataforma virtual, os deficientes auditivos terão acesso facilitado a intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Basta acessar a interface, e garante-se o atendimento acessível em formato online referente à demanda de qualquer órgão público.
Durante o lançamento, a vice-governadora do DF, Celina Leão, ressaltou que o programa busca assegurar os direitos e garantias das pessoas com deficiência auditiva: “O DF Libras CIL Online é a garantia da acessibilidade de 100% da nossa comunidade surda, ou seja, 24 horas por dia, sete dias por semana, haverá a disponibilidade da tradução simultânea”.
Por meio do aplicativo, todos os surdos que precisarem de atendimento nas secretarias e serviços públicos terão acesso a essa intermediação. “É a acessibilidade chegando de verdade ao dia a dia da pessoa com deficiência. Quanto mais a pessoa com deficiência consegue acessar os serviços públicos, melhor ela exerce em plenitude a sua cidadania”, prosseguiu a vice-governadora.
A primeira-dama e chefe-executiva de Políticas Sociais, Mayara Noronha Rocha, destacou como um dos trunfos do programa a integração do governo e a coordenação da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF (SEPD). “Essa secretaria nasceu na gestão do governador Ibaneis Rocha, um governador que deu prioridade, entre tantas outras que existem em um governo, à ampliação da acessibilidade. E a gente faz um grande link: existem o Legislativo, Executivo e Judiciário, e, na maioria das vezes, cada um fica no seu mundinho fechado. Mas essa secretaria também é a prova de que a junção do Legislativo com o Executivo faz a diferença”, pontuou.
Como funciona
O DF Libras CIL Online oferece à comunidade surda o atendimento por meio de videochamadas em tempo real, com intermediação por intérpretes de Libras, todos os dias da semana, em qualquer horário. Para isso, basta que a pessoa com deficiência, previamente cadastrada junto ao GDF, realize o download do aplicativo, que já está disponível para as mais diferentes plataformas.
Outra possibilidade é que a intermediação do atendimento por um intérprete seja requisitada no órgão ofertante do serviço público pelo próprio servidor responsável pelo atendimento. Anteriormente, o usuário precisava fazer agendamento prévio ou de forma emergencial do serviço pela Central de Intermediação em Libras (CIL), presencialmente.
“É mais uma ferramenta que o GDF disponibiliza para os deficientes auditivos; a comunicação acessível é uma das ferramentas mais importantes para essa comunidade, pois, a partir do momento em que existe a acessibilidade, essas pessoas se tornam pertencentes ao meio, se fazem ouvidas, atendidas e compreendidas”, defendeu o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos.
O aplicativo foi feito em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (Secti-DF). O titular da pasta, Leonardo Reisman, explicou a importância do olhar inclusivo da tecnologia: “É muito importante termos a tecnologia como vetor de inclusão, e existe toda uma vertical pensada nisso, que são as tecnologias assistivas. A tecnologia está no nosso dia a dia, na mobilidade, na alimentação, no entretenimento e também na acessibilidade. O programa busca trazer independência e emancipação aos usuários”.
Presente ao lançamento, a estudante Lorrane Marra, 24, aprovou a iniciativa: “Nós, da comunidade surda, precisávamos da acessibilidade, em qualquer lugar, no médico, na polícia. Às vezes, é impossível o intérprete estar conosco nos atendimentos, presencialmente. Então, é uma iniciativa muito importante para nós da comunidade surda”.
Por Agência Brasília
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