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Autorizada a construção de três novas casas da Mulher Brasileira

Governador Ibaneis Rocha assinou a ordem de serviço para as unidades de Sobradinho II, São Sebastião e Recanto das Emas, que receberão mais de R$ 8,8 milhões em investimentos


Cada uma das três unidades da Casa da Mulher Brasileira terá 270 m² de área construída | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília


O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou, na manhã desta sexta-feira (23), a construção de mais três novas unidades da Casa da Mulher Brasileira (CMB). As sedes serão em Sobradinho II, São Sebastião e Recanto das Emas, e ganharam ordem de serviço assinada pelo governador Ibaneis Rocha. Uma quarta unidade está em fase final de licitação no Sol Nascente/Pôr do Sol​. O investimento total é de R$ 8,8 milhões, proveniente de emendas federais e do próprio GDF.

“É com muita alegria que estamos aqui no Recanto [das Emas] fazendo um lançamento coletivo das três obras”, afirmou o governador. “A Secretaria da Mulher tem prestado um grande serviço às mulheres e ao Distrito Federal. Levamos a Casa da Mulher para o centro de Ceilândia e colocamos como determinação espalhar por todas as regiões.”

O chefe do Executivo ressaltou que essa é mais uma ação do governo em defesa das mulheres. “Tenho certeza que esses resultados serão colhidos e que nós vamos melhorar todos os índices de atendimento e diminuir a violência contra as mulheres na nossa cidade”, definiu.

Cada uma com 270 m² de área construída, as três novas unidades estarão preparadas para atender mulheres em situação de vulnerabilidade e terão recepção, depósito, copa, banheiros e salas de coordenação técnica, de atendimento individual, multifuncional, atendimento em grupo e convivência, além de brinquedoteca e fraldário.

Direitos da mulher

“Nós estamos ampliando os espaços [de atendimento da mulher no DF]”, lembrou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. “Nós temos uma grande casa, que é a Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia, mas a gente precisava democratizar esses espaços.”

Os equipamentos públicos serão coordenados pela equipe da Secretaria da Mulher (SMDF). Em maio deste ano, a pasta deu posse a 31 novos servidores das áreas de psicologia, pedagogia e assistência social para formar os quadros das novas unidades. A implantação ocorrerá por meio de um acordo de cooperação técnica com a Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap).

“A realização das obras da Casa da Mulher Brasileira pela Novacap é de extrema importância para a promoção dos direitos e proteção das mulheres, então encaramos com muita responsabilidade e dedicação mais essa missão de entregar três obras para a população, sabendo que esses novos espaços levarão mais segurança e cidadania para as mulheres do DF”, declarou o presidente da Novacap, Fernando Leite.

Prioridades

A consultora de projetos Sarah Martins elogiou a iniciativa do governo: “Acho que é muito importante, porque a Casa da Mulher Brasileira não é só uma casa abrigo, ela é uma casa que também dá empreendedorismo. Ali a mulher faz cursos. É um leque de aprendizados, e muitas mulheres vivem violência doméstica porque não têm como se manter”.

A microempreendedora Ana Klecia ficou empolgada com a construção de uma unidade no Recanto das Emas, onde mora desde 1998. Ela acredita que o espaço vai auxiliar mais mulheres a se capacitarem profissionalmente, inclusive ela. “Sou mãe solo”, contou. “A Casa da Mulher Brasileira vai ser, sim, uma fonte de renda para aquelas mães que precisam e que têm necessidade de ter uma renda própria a partir do esforço do seu trabalho”.

A escolha pelas cidades que receberão as obras foi feita para atender o maior número de pessoas, explicou Giselle Ferreira: “Nós priorizamos as regiões norte e sul, porque quanto mais você aproximar essa casa da população, mais a mulher tem oportunidade de procurar um apoio”.

Em Sobradinho, o investimento é de R$ 2.184.835, na unidade a ser construída no Setor Oeste (AE 6 COER, Quadra 1). Já para a Casa da Mulher do Recanto das Emas, que ficará na Avenida Buritis (Quadra 203, Lote 14), a aplicação é de R$ 2.214.996. Em São Sebastião, serão destinados R$ 2.384.510 para a construção no Centro de Múltiplas Atividades (AE 11).

Apoio do Estado

O administrador regional de Sobradinho II, Diego Matos, lembrou que a cidade conta com mais mulheres entre o número de habitantes, o que reforça a importância da construção: “As mulheres sentem essa falta de apoio por parte do Estado. Essa Casa da Mulher Brasileira é esse apoio concretizado. É uma demanda latente e um ganho muito grande. A nossa cidade ganha muito”.

Por sua vez, o administrador de São Sebastião, Roberto Medeiros Santos, reforçou: “É uma vitória para as mulheres de São Sebastião. A Casa da Mulher Brasileira é muito importante para oferecer apoio e acolhimento para a mulher que está sob ameaça da violência doméstica”.

Quem também celebrou a construção foi o administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan. “É um importante equipamento público, principalmente no que diz respeito à proteção das nossas mulheres”, afirmou. Dalvan lembrou ainda que a unidade atenderá não só a comunidade do Recanto das Emas, mas também de cidades próximas, como Riacho Fundo II, Samambaia, Gama e Água Quente.

Outras unidades

Uma quarta unidade da CMB também está prevista. Em fase final de licitação, o equipamento público será implantado no Sol Nascente/Pôr do Sol. O investimento previsto é de R$ 2,1 milhões.

“A construção dessas novas casas surgiu em uma reunião da bancada federal”, lembrou a vice-governadora Celina Leão. “Temos que dar exemplo no DF. Somos a unidade da Federação que mais vai receber casas [da Mulher Brasileira]. Além disso, quero agradecer o empenho do governador de executar essa obra.”

Aberta em abril de 2021 no centro de Ceilândia (CNM 1), a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas oferecendo acolhimento, atendimento psicossocial, cursos de capacitação e suporte jurídico e policial para mulheres em vulnerabilidade e em situações de violência. Desde a criação até abril deste ano, foram prestados 11.188 atendimentos, entre acolhimentos e ações profissionalizantes.

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

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